Número recorde de ausência do eleitorado no primeiro turno em todo o país (23,14%), não surpreendeu o presidente do TSE ministro Luís Roberto Barroso. Ele esperava mais por causa da pandemia. Aconteceu que boa parte da 'presença' do eleitor nas urnas deveu-se à Covid-19, sim. Mas porque as pessoas tiveram motivo que as justificasse sair de casa 'sem culpa'.

Esta explicação revelou-se numa entrevista do psicólogo Robson Paiva ao jornalista Angelo Ananias, sexta-feira (27) durante o jornal da CBN Vale 1ª Edição. Citando como exemplo a manifestação pública pela morte de Diego Maradona, Paiva comentou que boa parte dos manifestantes 'justificava-se a si mesma' por estar ali, apesar dos protocolos restritivos vigentes.

Em Jacareí, os dois mais votados para a Câmara, Valmir do Meia-Lua e Sônia Patas, fizeram direitinho a 'lição de casa' durante os mandatos. Seus eleitores reconhecidos, reconduziram a ambos 'com louvor'. Patrícia Juliani eleita para 'verear', deixou o cargo um dia depois para tornar-se secretária municipal. Foi reprovada nas urnas ela e seu suplente. Curiosamente a história se repetiu: Juliana da Fênix, já está na lista dos nomeados para a mesma secretaria a partir de 2021 (o suplente que se cuide); Já Marco Aurélio apostou que somente seus eleitores em maioria iriam votar apesar da pandemia. Algo deu errado porque Izaias venceria no primeiro turno, caso tivéssemos segundo.

Pela teoria de Paiva, citada acima, o eleitor de Izaias talvez encontrasse no 'dever de cidadania' uma justificativa para sair de casa. O de Patrícia Juliani teria migrado para alguém que, ele espera, cumpra o que promete. Quanto a Juliana da Fênix decidir por algo que lhe pareceu 'mais conveniente', vamos creditar à sua inexperiência 'no ramo'. Meses antes das eleições de 2024 ela voltará ao cargo para reconquistar os eleitores preteridos. Nisso ela pode levar vantagem; diz a lenda que Fênix é um ser capaz de ressuscitar das próprias cinzas. Só assim, porque o povo que vota está de olho!

É a nossa opinião.